O município de Serra do Mel, localizado na região oeste do Estado do Rio Grande do Norte, tem uma vocação natural para o desenvolvimento da atividade apícola, devido à existência de uma imensa população de abelhas africanizadas na área – daí seu nome.
As condições de solo e clima, a flora silvestre rica, além da floração do cajueiro, que se dá nos meses de escassez de chuva (agosto a novembro), são fatores propícios para o desenvolvimento da apicultura.
Com uma população predominantemente rural, havia a necessidade de se desenvolver uma atividade que pudesse ser combinada à cultura local até então predominante, a cajucultura, evitando o êxodo dos jovens.
Uma das formas encontradas foi envolvê-los na atividade apícola, fixando-os no local. Nesse sentido, era oportuno utilizar o potencial que os pequenos produtores de mel tinham para buscar alternativas de emprego e de melhoria de renda. Mas para isso era necessário garantir maior competitividade no mercado, com uma produção organizada e de qualidade.
Em 2002, os pequenos produtores “serramelenses” decidiram, então, se unir, e vários grupos existentes no município filiaram-se à Associação dos Apicultores da Serra do Mel (Apismel). Seu presidente, José Hélio de Morais, mais conhecido como Cabo Hélio, era um dos principais responsáveis pela busca de melhorias para a comunidade local.
O desafio era desenvolver a atividade apícola de forma organizada e contínua, padronizando processos produtivos e melhorando a qualidade do produto de forma sustentável e ambientalmente correta. Nas palavras de Cabo Hélio, “Essa é uma alternativa de trabalho e geração de rendapara a comunidade local”.
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